terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A história da educação e a mulher.



Não posso iniciar essa história, sem retomar ao pensamento da evolução humana desde a era primitiva.

 Desde seu entendimento como seres vivos, os seres humanos na pré-história, percebendo serem diferentes de outros animais.  Como a exemplo ter a forma bípede e o polegar opositor útil. 

Deu-lhes o poder da percepção do raciocínio que os sobrepunham aos outros animais.


Puseram-se naturalmente ao empenho do pensar e planejar, permitindo-lhes então a capacidade de sobrevivência e evolução ao ponto de sermos hoje o topo da cadeia alimentar.

A pré-história é definida como um período anterior ao aparecimento da escrita.  Portanto, esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que  Sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme.

Há milhares de anos os povos antigos já se manifestavam artisticamente. 

Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de arte conhecida como Rupestre.  A arte rupestre é composta por representações gráficas (desenhos, símbolos, sinais) feitas em paredes de cavernas pelos seres da Pré-História, iniciando assim uma forma de transmissão de conhecimento.  Tais expressões artísticas através dos desenhos que faziam nas paredes de suas cavernas, esculturas em madeira, osso e pedra.  

Mostravam os animais e pessoas do período em que vivia, além de cenas de seu cotidiano (caça, rituais, danças, alimentação, etc.). Para fazerem tais pinturas nas paredes de cavernas, os homens da Pré-História usavam sangue de animais, saliva, fragmentos de rochas, argila, etc. 



Com o surgimento de cidades e do estado, os que detiam conhecimentos,  passaram a ter um papel diferenciado, e mantiam a cultura dominante através da posição intelectual.  O conhecimento tornara-se um produto e poder  jogo de interesses e divisão de classes que determinavam as limitações sociais.      

Pessoas que detiam o poder da leitura e escrita, atingiam status respeitado e cobiçado por tod@s.

Muitas civilizações evoluíram e marcaram seu nome na história, graças ao poder de transmitir seus conhecimentos.


O nível intelectual sempre teve  ligação direta com as lutas de poder, as leis, a participação do Estado na Educação.

A transmissão do conhecimento tinha o único intuito, de formar profissionais para serem uteis a sua civilização. Portanto tais indivíduos eram escolhidos e tinham a obrigação do aprender para retribuir de volta seu conhecimento.

Encarado como uma arma na sobrevivência, tais conhecimentos eram muito bem preservados a fim de evitar que chegassem a povos distintos. Portanto poucos e escolhidos a dedo tinham o privilégio do conhecimento como nobres e guerreiros.
A transmissão do conhecimento se dava conforme a necessidade da região. De maneira difusa dado pelo cotidiano ou objetivista.
Era iniciada pelos chefes de família e depois pelos sacerdotes.



Civilizações cultas e suas contribuições para história.


Sem dúvida, o estudo das civilizações antigas se mostra importante para que possamos entender melhor sobre as várias feições que a nossa cultura assume atualmente. Contudo, sob outro ponto de vista, o estudo da Antiguidade também abre caminho para que possamos contrapor os valores e parâmetros que um dia foram comuns a alguns homens e hoje se mostram tão distantes do que vivemos. 

É praticamente infinito o leque de saberes que se aplica a esse período histórico.

O surgimento das primeiras civilizações simplesmente demarca a existência de uma série de características específicas. Em geral, uma civilização se forma quando apontamos a existência de instituições políticas complexas, uma hierarquia social diversificada e de outros sistemas e convenções que se aplicam largamente a uma população.

Civilização Fenícia.


O artesanato e o comércio marítimo marcaram a trajetória da civilização fenícia.

 Em função dos diversos contatos comerciais que mantinham com diferentes povos, os fenícios sentiram necessidade de um meio prático para facilitar a comunicação.
Pressionados por essa necessidade, os fenícios desenvolveram uma das mais fabulosas invenções da história humana: o alfabeto 

O alfabeto fenício era composto por 22 sinais, sendo, mais tarde, aperfeiçoado pelos gregos, que lhe acrescentaram outras letras
. O alfabeto grego deu origem ao alfabeto latino, que é o mais utilizado atualmente.



Civilização Celta.

Os celtas integram uma das mais ricas civilizações do mundo antigo. As origens desta civilização remontam ao processo de desenvolvimento da Idade do Ferro, quando estes teriam sido os responsáveis pela introdução do manuseio do ferro e da metalurgia no continente europeu. De fato, o reconhecimento do povo celta pode se definir tanto pela partilha de uma cultura material específica, quanto pelo uso da língua céltica. 

Não compondo uma civilização coesa, os celtas se subdividiram em diferentes povos entre os quais podemos destacar os belgas, gauleses, bretões, escotos, batavos, eburões, gálatas, caledônios e trinovantes. Durante o desenvolvimento do Império Romano, vários desses povos foram responsáveis pela nomeação de algumas províncias que compunham os gigantescos domínios romanos.



Civilização Vicking

Os vikings ficaram conhecidos pelo desenvolvimento de apuradas técnicas de navegação.

Os vikings são uma antiga civilização originária da região da Escandinávia, que hoje compreende o território de três países europeus: a Suécia, a Dinamarca e a Noruega. Igualmente conhecidos como nórdicos ou normandos, eles estabeleceram uma rica cultura que se desenvolveu graças à atividade agrícola, o artesanato e um notável comércio marítimo.
A vida voltada para os mares também estabeleceu a pirataria como outra importante atividade econômica. Em várias incursões realizadas pela Europa Continental, os vikings saquearam e conquistaram terras, principalmente na região da Bretanha, que hoje abriga do Reino Unido. Cronologicamente, a civilização viking alcançou seu auge entre os séculos VIII e XI.






Civilização Chinesa.

A civilização chinesa foi responsável pela criação de importantes invenções. Os chineses ocuparam posição destacada na produção intelectual e tecnológica. Eles foram os inventores da pólvora, do compasso, das primeiras prensas e da medicina.
                                                  
                                                                                                                                             
Civilização Persa.

As manifestações artísticas persas foram visivelmente influenciadas pela esfera política. Em várias obras, monumentos e outras construções, há reproduções que homenageiam a vida e os importantes feitos dos reis. No campo arquitetônico, os palácios persas eram dotados por uma complexa gama de elementos de decoração e jardinagem. Segundo algumas pesquisas, os persas construíram alguns de seus palácios através da escavação de grandes rochas.


Cultura ÁrabeO árabe se converteu na língua viva mais difundida dentro do tronco das línguas semíticas. Na atualidade, cerca de 150 milhões de pessoas consideram-na seu idioma materno.

Existem duas variantes: o árabe clássico e o popular. O clássico representa a língua sagrada do Islã e nasceu na antiga tradição de literatura oral dos povos nômades pré-islâmicos.

O árabe coloquial é uma língua normativa, utilizada nas conversas e nos meios de comunicação. O sistema fonético conta com 28 consoantes e três vogais com um som longo e outro breve.

escrita árabe, que procede da aramaica, é realizada da direita para a esquerda e os livros são lidos de trás para frente. É baseada em 18 figuras distintas que variam segundo a letra. As 28 consoantes são formadas graças a uma combinação de pontos acima e abaixo dessas figuras.

Vários termos árabes foram assimilados pelos povos conquistados, como ocorreu em Portugal durante a Idade Média.


Civilização Inca

Os Incas foram um dos povos mais civilizados da América.Compunham, principalmente as tribos Quéchuas, Aymará, Yunka, etc, que formavam, segundo os espanhóis o Império dos Incas, denominação derivada da família reinante pertencente à tribo dos Quéchuas, a principal do império. Habitavam a região hoje ocupada pelo Equador, Peru, norte do Chile, Oeste da Bolívia e noroeste da Argentina. Mais de dez milhões de cidadãos haviam se fundido nesta unidade política e cultural que era de elevado nível.

Um dos aspectos que mais se salientam na cultura incaica é a solução que deram para o problema das comunicações, que apresentavam sérias dificuldades na região dos Andes. Estabeleceram uma complexa rede de caminhos e um corpo permanente de mensageiros (Tiasques) encarregados de transmitirem as noticias. Praticamente a agricultura que havia atingido entre eles, notável desenvolvimento, demonstrado pelas obras de irrigação.
Os Incas empregavam fartamente os metais, cobre, bronze, ouro, prata, o que despertou a cobiça dos conquistadores.
Em 1553, o país foi conquistado por Pizarro e submetido à coroa espanhola. A cultura Inca foi totalmente destruída e, na atualidade restam apenas ruínas de seus grandiosos monumentos templos e palácios.

Durante muito tempo a historiografia abordou o Estado inca como um "paraíso perdido", no qual inexistia a fome, a exploração e a violência. Estes fatos incentivaram a imaginação dos novelistas, estudiosos e pesquisadores, que procuraram descobrir influências de extraterrestres ou a construção do primeiro Estado comunista em terras americanas.

Os incas eram construtores exímios. Sem o auxílio da argamassa, edificaram paredes tão perfeitamente ajustadas que era impossível introduzir a lâmina de uma faca entre as pedras . Milhares quilômetros de estradas ligavam as quatro províncias ou confins como as chamavam, à Cuzco a capital, era superior a tudo o que existia à data na Europa. Embora o pavimento de pedras lisas pudesse ter sido concebido para veículos, numa sociedade sem cavalos e sem roda todos andavam a pé. Estas estradas transpunham rios por meio de pontes pênseis, eram tão sólidas que muitas delas foram usadas ainda no século XX .



Civilização Egípcia
Foi uma das que mais contribuíram com seus conhecimentos.

Durante quase 15 séculos, a humanidade olhou fascinada para os hieróglifos egípcios sem lhe entender o sentido. Os sacerdotes egípcios do século IV de nossa era foram os últimos homens a utilizar essa linguagem. Eles, mantendo a linguagem tão fechada, fizeram com que o significado dessas mensagens se perdessem. Os Europeus da época, e posteriormente, pensavam que os hieróglifos eram instrumentos místicos de algum rito demoníaco.


Durante 3000 anos constituíram a linguagem monumental do Egito. A última inscrição conhecida é do ano de 394 d.C., quando o Egito era uma província romana. Já então, tantos hieróglifos tinham sido propositadamente obscurecido pelos escribas sacerdotais, fazendo com que os sinais fossem incompreensíveis para a maioria dos egípcios.


Biblioteca de Alexandria, o coração da humanidade

Durante uns sete séculos, entre os anos de 280 a.C. a 416, a biblioteca de Alexandria reuniu o maior acervo de cultura e ciência que existiu na antiguidade. Ela não contentou-se em ser apenas um enorme depósito de rolos de papiro e de livros, mas por igual tornou-se uma fonte de instigação a que os homens de ciência e de letras desbravassem o mundo do conhecimento e das emoções, deixando assim um notável legado para o desenvolvimento geral da humanidade.
O cerco intolerante sobre a biblioteca

Quem terminou por fazer carga cerrada contra a existência do Templo de Serapium e da soberba biblioteca anexa a ele, ainda que empobrecida no século 4, foi o bispo Téofilo, Patriarca de Alexandria, um cristão fundamentalista dos tempos de Teodósio o Grande, que viu naquele prédio um depósito das maldades do paganismo e do ateísmo, mobilizando a multidão cristão para a sua demolição, ocorrida provavelmente no ano de 391. 



Civilização Grega.

A Grécia Antiga nasceu na região sul da Península Balcânica e também dominou outras regiões vizinhas como a Península Itálica, a Ásia Menor e algumas ilhas do Mar Egeu. Com o passar do tempo, várias cidades politicamente autônomas entre si apareceram e fundaram diversas práticas que influenciaram profundamente os costumes que hoje definem a feição do mundo ocidental.


Quando o império macedônico foi conquistado, percebemos que vários elementos da cultura grega influenciaram o desenvolvimento político, social e econômico do Império Romano. Mais uma vez, a cultura grega consolidava-se como elemento formativo de um novo conjunto de ideias e valores historicamente preservados e portadores de referenciais que balizam a compreensão da cultura Ocidental atual.


As meninas não recebiam qualquer educação formal, mas aprendiam os ofícios domésticos e os trabalhos manuais com as mães. Principal objetivo da educação grega era preparar o menino para ser um bom cidadão. Os gregos antigos não contavam com uma educação técnica para preparar os estudantes para uma profissão ou negócio.

Em Esparta a educação era organizada em modos militares e dava-se ênfase à educação física. Os meninos viviam em casernas dos 7 anos 30 anos e sua educação incluía intermináveis exercícios de ginástica e atletismo. Os professores surravam os alunos, as vezes, seriamente, a fim de reforçar a disciplina. Os espartanos alcançavam a maturidade em ótimas condições físicas mas em geral eram ignorantes; somente alguns sabiam ler e escrever.

A educação em Atenas contrastava acentuadamente com àquela que era adotada em Esparta. Eles acreditavam que sua cidade-estado tornar-se-ia a mais forte se cada menino desenvolvesse integralmente as suas melhores aptidões individuais. 


O governo não controlava os alunos e as escolas. Um garoto ateniense entrava na escola aos 6 anos e ficava confiado a um pedagogo. Ele estudava aritmética, literatura, música escrita e educação física; além disso decorava muitos poemas e aprendia a tomar parte nos cortejos públicos e religiosos. Os meninos tinham feriados apenas nos dias de festas religiosas. O governo recrutava para treinamento militar durante 24 meses, todos os jovens quando atingiam a idade de 18 anos.




Império Romano


Os romanos influenciam várias das instituições e costumes do Ocidente.
As poucas informações sobre as origens de Roma são encobertas pela clássica explicação mítica que atribuem sua fundação à ação tomada pelos irmãos Rômulo e Remo. Após a fundação, Roma teria vivenciado seu período monárquico, onde o rei estabelecia sua hegemonia política sobre toda a população e contava com o apoio de um Conselho de Anciãos conhecido como Senado.

Inspirada no modelo grego, a arte romana incorporou as formas e as técnicas de outras culturas do Mediterrâneo.

Roma destacou-se na arquitetura com grandes edifícios privados e públicos. Entre os privados, incluem-se as casas e as residências coletivas. Os públicos dividem-se em religiosos (templos), administrativos e comerciais (basílicas) e lúdicos (teatro, anfiteatro e circo). O espírito prático de Roma reflete-se no urbanismo e nas grandes obras de engenharia, como estradas e aquedutos.

FÉ ACIMA DA RAZÃO

O renascimento científico e toda manifestação por intermédio do homem com esse objetivo, ainda que fosse do Espírito da Verdade, seria do demônio, no entender da Igreja.

conseqüentemente toda manifestação que ocorresse fora do círculo dos legítimos representantes, seria obra do demônio ainda que o conteúdo da mensagem fosse verdadeiro.

Partindo deste princípio tudo era rejeitado. Como a Igreja monopolizava o conhecimento, essa medida era generalizada. Isto quer dizer que não era só para médiuns, mas para todo aquele que ousasse dizer algo, ou desse alguma interpretação, quer sobre ciência quer sobre filosofia ou religião, que ferisse os princípios estabelecidos, seria tomado como instrumento do demônio.

Uma só instituição: a Igreja Católica; uma só verdade: os dogmas; um só instrumento: o papa e os sacerdotes; uma só fé: a fé católica; uma só condição: aceitar.

A Escritura Sagrada interpretada ao pé da letra gerava o absurdo das crenças as quais entraram em conflito mais tarde com a ciência. Quando os ocidentais tomaram conhecimento da filosofia grega, os teólogos discutiram amplamente o seu relacionamento com a teologia. A Igreja devia ou não aceitar a contribuição da filosofia para interpretação dos textos bíblicos? Devia a filosofia contribuir com a teologia ou esta devia dispensar aquela? 

A teologia tem base própria? Houve um confronto da Revelação com a Filosofia De um lado a fé e de outro a razão.



A revolução do conhecimento

A filosofia foi aceita como serva da teologia, com o objetivo de explicar logicamente a fé sem lógica. E fazer silogismo passou a ser um passatempo dos teólogos e exercícios de estudantes. Brincava-se de filosofia como exercício, como as crianças brincam hoje com os experimentos científicos nas escolas.


Todos pensamentos se tornaram Filosofias e todas as ciências originaram-se da Filosofia e posteriormente se separaram dela. Antes que a astronomia existisse, por exemplo, especulava-se a respeito da organização do universo a partir do pressuposto de que Deus havia criado tudo daquele jeito.


A partir do momento em que as pessoas começaram a tentar entender os objetos e fenômenos naturais por meio da observação sistematizada, as coisas começaram a mudar. Nascia então, a ciência!

Galileu, por exemplo, apontou o telescópio para a lua observando que esta era cheia de crateras, ou seja, estava longe de ser a esfera perfeita que os filósofos imaginavam – rompendo então com a filosofia. Ele rompeu também com a idéia de que a terra era o centro do universo, apoiando a idéia de Copérnico. Muitas idéias de Aristóteles sobre Física, por exemplo, foram colocadas em xeque com as bservações de Galileu .


Algumas diferenças entre o raciocínio filosófico e o científico são:


 O raciocínio desenvolvido em Filosofia parte de suposições para conclusões. A medida que este vai se desenvolvendo, os argumentos vão tomando forma, criando-se então sentenças do tipo “se isto fosse assim, então aquilo seria assim”. 


O caminho traçado pela ciência é o caminho oposto. O raciocínio científico configura-se a partir de sentenças como “isto foi observado; o que esses fatos estão nos mostrando, e a que outras observações eles podem levar?”; A verdade filosófica é absolutista: se estas premissas forem enunciadas explicitamente, estando também correto o raciocínio. A verdade científica, pelo contrário, é sempre relativa e provisória: é suscetível de não ser confirmada por novas observações;

As suposições filosóficas nos remetem a abstrações além do universo natural, como Deus, harmonia, forma ideal, assim por diante. As suposições científicas que são usadas na construção de teorias referem-se somente ao universo natural e sua possível forma de organização.

O rompimento da biologia com a filosofia e a teologia se deu do mesmo modo. Antigamente o raciocínio que imperava era que, se existia alguma diferença entre os seres vivos e as coisas não vivas, era porque Deus havia dado às coisas vivas alguma coisa que as não vivas não tinham ganhado.

Alguns chamavam essa “coisa” de alma; outros, de vis viva. Como o corpo era movido por entidades sagradas, ele era intocável. Ninguém poderia realizar nenhum tipo de procedimento invasivo nele pois, se o fizesse, estaria desrespeitando a Deus. Só a partir do século XVII que os cientistas começaram a dissecar animais e estudar o funcionamento do corpo humano.

Willian Harvey observou como o coração bombeava o sangue através do corpo, descobrindo assim que o funcionamento do ser humano mais parecia com o de uma máquina do que com a ação de uma suposta força mágica. A partir daí, os estudiosos começaram a abandonar a ideia de que o organismo era movido por forças mágicas como a alma ou a vis viva, passando então a estudá-lo de forma sistemática, o que permitiu diversos avanços à medicina que com isto ganhou status científico.

O mesmo aconteceu com Darwin ao publicar sua teoria da evolução das espécies através da seleção natural. Muitos se ofenderam porque sua teoria ia contra o relato bíblico de que Deus havia criado todas as plantas e animais do modo que eram e em poucos dias. O próprio Darwin absteve-se de publicar seu livro por muito tempo, só o fazendo no momento em que percebeu que outros estudiosos também estavam chegando à mesma conclusão.

A partir do momento em que se descobriu a evolução das espécies, muita coisa mudou no mundo. O ser humano deixou de ser considerado tão especial, passou a ser visto como apenas mais um animal dentre tantos que apenas evoluiu à sua maneira.


Em todos os exemplos citados, houve muita resistência com as novas descobertas científicas. Galileu, por exemplo, foi condenado pela Igreja Católica, sendo obrigado a voltar atrás em Roma e dizer que o heliocentrismo era apenas uma hipótese. Algum tempo depois, ele voltou a defendê-lo.

E, como não poderia deixar de ser, com a psicologia não é diferente. Sua ruptura com a filosofia é relativamente recente e, até a década de 1940, a maioria das universidades não tinha um departamento de Psicologia. Os professores de Psicologia em geral ficavam em departamentos de Filosofia.

A educação que outrora foi privilégio de poucos, se tornou com o passar do tempo, acessível a todos ou quase todos. Esta acessibilidade é resultado de lutas, dos muitos pensadores, questionadores e visionários que estavam à frente de seu tempo, pois entendiam que a educação não era simplesmente um privilégio, mas um direito. 

Entre os séculos XI e XIII a Igreja viveu diversas crises e mudanças. Contra a concentração de poderes materiais da Igreja surgiram, por exemplo, vários movimentos que 

questionavam alguns dogmas cristãos e por isso eram considerados heréticos.


O poder da Igreja Católica no mundo.

Depois do Concílio de Nicéia, o poder da Igreja Católica no mundo feudal deu-se através da sua forte estrutura política e econômica. Essa estrutura tinha como tarefa difundir a fé cristã; tarefa que executou de maneira efetiva e eficaz. A Instituição era a responsável pela vida cultural e religiosa da sociedade.

A Igreja Católica teve papel preponderante na formação do feudalismo; além de grande proprietária de terras, estruturou a visão de mundo do homem medieval.

Com a fusão entre o estado e igreja o conhecimento foi monopolizada pela igreja com o intuito de filtrar informações que fossem impertinentes ao poder do estado.




Então tudo e todos, esteve sob o o julgo da igreja, desde a nomeação de reis e imperadores até o sorriso das pessoas, porque durante muito tempo, sorrir, era coisa do demônio. Não podendo haver questionamentos, por isso o conhecimento era restrito ao clero. As missas era feita em latim e a maioria da população não sabia nem ler. Martinho Lutero foi o primeiro que traduziu a Bíblia para outra língua que não fosse o grego e o latim.

A Reforma Protestante, nada mais foi que uma revolução burguesa, ela atendia aos interesses dessa classe social, por isso o questionamento dos dogmas conservadores católicos foi necessário, porque o conservadorismo da Igreja atrapalhava a ascensão da burguesia. A Igreja condenava a usura (lucro) então os burgueses financiaram uma Reforma religiosa que atendia aos seus interesses.


PERÍODO JESUÍTICO    

A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de discípulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos catequéticos, em função da Reforma Protestante e a expansão do luteranismo na Europa. 
      Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o primeiro governador·geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. Irmão Vicente tornou·se o primeiro professor nos moldes europeus e durante mais de 50 anos dedicou·se ao ensino e a propagação da fé religiosa. 


      O mais conhecido e talvez o mais atuante foi o noviço José de Anchieta, nascido na Ilha de Tenerife e falecido na cidade de Reritiba, atual Anchieta, no litoral sul do Estado do Espírito Santo, em 1597. Anchieta tornou·se mestre·escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria" (De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de 1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo. Além disso foi autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. 


      No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu·se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia). 


O ensino jesuíta perdurou por 200 anos , período colonial, foi o período Pombalino a serviço da coroa. 
Desde o século XVI, ainda no início da colonização, a Companhia de Jesus instala seus colégios e seminários visando à educação da elite para a direção da colônia e à arregimentação e formação de membros para seus quadros. Neste século, a ênfase maior da educação era na formação de novos membros da ordem para continuar o trabalho de catequese dos índios e para instruir a ainda pequena população de meninos brancos, filhos de portugueses, principalmente nas primeiras letras.

 A educação era ministrada nas "casas", escolas de ler, escrever e contar, e filhos de colonos e nativos freqüentavam essas primeiras escolas. A maioria dos colégios foi fundada a partir da segunda metade do século XVII até o momento de sua expulsão no XVIII, e estes se estenderam ao longo de boa parte do território da colônia, do Maranhão a São Paulo, contando mais de quinze colégios, que ofereciam os cursos secundários de humanidades e artes e alguns seminários para a formação de novos padres.

A Revolução Francesa foi o marco do mundo atual, foi também nessa revolução que o ensino se tornou universal para todos, isso na França é claro. As escola se multiplicaram, o conhecimento também, tudo fruto dos ideais iluministas que culminou na Revolução Francesa. 

Para se ter ideia, os ideológicos da Revolução Francesa tentaram criar uma enciclopédia universal que reunisse todos os conhecimentos da Humanidade num só livro, tudo mesmo, música, literatura, química, matemática e etc.

A História da Educação no Brasil 

Teve um processo sistematizado de transmissão de conhecimentos, iniciando no Período Colonial, ligada com o descobrimento do Brasil. Ela inicia-se com a chegada dos Jesuítas em 1549 cujo objetivo era catequizar os indígenas e, também, com vista da Igreja em dominar terras do novo mundo. Esse método de educação teve fim em 1760, quando o Marques de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, dando início a uma nova educação voltada aos interesses da Coroa Portuguesa.

Em 1808, a educação passa por uma nova reforma devido à invasão das tropas de Napoleão em Portugal, quando houve aberturas de academia militar, escolas de Direito e Medicina. No período Republicano, o ensino laico foi priorizado nas escolas públicas em detrimento ao religioso. Sendo assim, os Estados da Federação, passam a gerar seu próprio sistema educacional de acordo com o seu contexto, buscando novos métodos de ensino.

A ditadura de Vargas, a partir de 1930, a educação é voltada à criação e mão de obra especializada. Somente com a Constituição de 1934. Havia sim uma série de proibições que visavam exercer controle social e político sobre a colônia.


Uma tentativa de adoção de parâmetros positivistas para educação esteve representado pela reforma Benjamin Constant.

Quando foi proposta a substituição das disciplinas literárias pelas cientificas, além da transformação da escola primária novamente em gratuita e voltada a preparar os alunos para o ingresso no ensino superior.

Em um momento em que o discurso do governo republicano pregava o ideal positivista do ensino livre, onde todos os cidadãos deveriam ter as mesmas oportunidades de crescimento individual. No entanto, uma série de decretos modificaram a estrutura do sistema educacional brasileiro.

Dentre outras medidas, a impressão de livros estava proibida, fazendo chegarem poucas obras importadas ao Brasil.

Em geral eram trazidas da França e Inglaterra via Portugal, pagando altas taxas a metrópole.


A Educação passa a ser um direito de todos, mas apenas com o surgimento da Nova República em 1945, a Constituição determina a obrigatoriedade do estudo primário e em 1948 surge uma campanha entre os educadores alertando para a necessidade da criação de uma LDB – Lei de Diretrizes e Base para a Educação Brasileira.

Com o retorno de Getulio Vargas em 1951, surgem pela primeira vez às teorias de educadores renomados como Piaget e, também, é criado um ministério exclusivo para Educação, o MEC – o Ministério da Educação e Cultura. 


No governo de Juscelino Kubistchek em 1956, a Educação passou a receber pouco investimento e incentivo, pois o principal foco de seu governo era a industrialização. 

Havia sim uma série de proibições que visavam exercer controle social e político sobre a colônia.

Houve uma grande manifestação por parte dos educadores que exigiram do Estado uma educação pública, obrigatória e gratuita, mas com a criação e aprovação da LDB em 1961, as escolas privadas passaram a ser apoiadas financeiramente em detrimento às escolas oficiais e públicas.

Inspirados pelo “Método Paulo Freire”, em 1962, o Governo Federal criou o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, mas após o golpe militar de 1964, essa política educacional foi abandonada, pois os militares achavam essas propostas subversivas e agitadoras.

Durante a ditadura militar, o regime reproduziu a educação de caráter antidemocrático, embora havendo uma grande expansão das universidades no Brasil. O MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização foi criado com intuito de erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu.Com LDB Nº 4024/71, foi elaborada e refletida uma Educação totalmente profissionalizante.

A nova Constituição de 1988 organizou o ensino público e gratuito, mas também incentivou e regulamentou as escolas privadas. Esta Constituição garantiu o direito ao ensino fundamental aos jovens e adultos. 


Comprometimento governamental com a superação do analfabetismo e provisão do ensino elementar para todos. No seu Art. 208 - a Educação de Jovens e Adultos tem a primeira referência à garantia e de ensino público fundamental obrigatório, inclusive “para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria”.

Deixando de lado o literário, 1937 tiram o direito a educação da constituição então surge a UNE, fim do estado Novo e nova carta magna e volta o direito educação, LDB, Jean Peaget, ministério de educação em 1953, JK não priorizou a educação e sim o técnico. 

O ensino em 1959 a educação Laíca e a privada de educação. Liberdade de ensino

1964 a ditadura sufoca os avanços na educação

Lei 477 o poder de desligar e suspender quem fosse julgado subversivo.


Educação Feminina

Como em muitas outras culturas, as mulheres eram consideradas inferiores aos homens. Tanto os homens quanto as mulheres acreditavam nisso, porque a Igreja lhes disse e deus ordenara.

Na primeira metade do século XVI, a maioria das pessoas não acreditavam em educação feminina. Eles achavam que ensinar a ler e escrever era um desperdício de tempo. Eles temiam que elas passassem os dias se entretendo com cartas de amor.

A concepção da sociedade da época era de que as "mulheres deveriam ser mais educadas do que instruídas",  elas não precisariam de conhecimentos ou informações, mas sim de formação moral e bons princípios, já que o seu destino era o de esposa, mãe e dona de casa, sendo o seu atributo social de educadora dos filhos.

Em meados do século XIX tentou-se resolver essa situação criando-se as primeiras escolas normais para a formação de docentes.

Por aqui apenas 1827, surge a primeira lei sobre educação das mulheres, que as permitiram de ingressar na educação elementar. Sendo vetado o ensino avançado.

Em 1867, em sua crítica ao sistema educacional público brasileiro, Antonio de Almeida Oliveira, propôs a coeducação, mas reconheceu a profunda oposição que isso representava. Enquanto a coeducação continuava sendo vista como suspeita, ou pelo menos desaconselhável às elites brasileiras, como em outros países católicos, ela era aceita apenas por uma questão econômica, particularmente em cidades onde o ensino separado entre os sexos demonstrava que os custos eram muito elevados.


Apesar de serem abertas instituições para ambos os sexos obedecendo ao regulamento de que moças e rapazes deveriam estudar em classes separadas, verificava-se que as escolas normais estavam recebendo mais mulheres do que homens em várias regiões do Brasil e até em outros países, fato ligado provavelmente à urbanização e à industrialização que ampliava as oportunidades de trabalho para os homens.

Em virtude desse contexto social em que as mulheres estavam inseridas o acesso delas à educação era bem restrito. Apenas algumas mulheres da elite conseguiam estudar através de professoras particulares contratadas pelos pais para dar aula em suas próprias casas ou em escolas religiosas. 

As meninas filhas das elites privilegiadas tinham além das noções básicas da leitura e da escrita, aulas de piano e de francês. 

É importante ressaltar que o contexto social em que a lei foi promulgada não dava acesso universal a toda população à educação. Predominava o escravismo e o preconceito racial, havendo divisões de classe, etnia, raça e religião. Às crianças negras eram negadas qualquer forma de escolarização, acontecendo o mesmo com os descendentes indígenas. 


Quanto às meninas, as das camadas populares se dedicavam ao trabalho doméstico, da roça e aos cuidados com irmãos menores, deixando de lado a educação escolarizada.

 Algumas órfãs eram educadas por ordens religiosas femininas, que tinham a intenção de preservá-las de qualquer vício e do mau caminho. 

Eram acrescentadas também à sua educação as "habilidades com a agulha, os bordados, as rendas, as habilidades culinárias, bem como as habilidades de mando das criadas e serviçais.

A formação cristã era questão essencial na educação das mulheres, assim sendo estas buscariam constantemente a perfeição moral, a pureza feminina e se prontificariam a dedicar-se.  


A mulher era tão marginalizada socialmente que a sua identificação com a atividade docente gerou muitas críticas e polêmicas, chegando-se a ser considerado um mal, um perigo, entregar as mulheres, consideradas inexperientes à educação das crianças. 

Por outro lado surgiam argumentos para defender o lado feminino afirmando-se que se a principal vocação da mulher era a maternidade, nada mais adequado para esta do que o magistério, que era tido como uma "extensão da maternidade", representado como uma atividade de amor entrega e doação.


Mesmo com esse discurso em favor das mulheres, o trabalho feminino no século XIX não era visto com bons olhos. Sendo considerado o sexo frágil, era preciso tomar muito cuidado para que sua profissionalização não se chocasse com sua feminilidade e não afastasse a mulher da vida familiar e dos deveres domésticos, afinal tudo que levasse as mulheres a se afastarem desse caminho era considerado um desvio de norma. 


O magistério primário passou da ocupação majoritariamente masculina, em meados do século XIX, para a ocupação feminina, no século XX.  Foram homens as primeiras pessoas a serem nomeadas para as escolas públicas brasileiras nas primeiras décadas do século XIX. 

Mas isso não é surpreendente numa época em que a educação fora da casa era geralmente limitada aos meninos - e a muito poucos deles.Nesse sentido o magistério parecia o mais adequado para as mulheres, pois era um trabalho de "um só turno", o que permitia que elas atendessem também suas atividades domésticas. 

* Esse argumento serviria também para justificar o salário reduzido que as professoras recebiam. 
Para os brasileiros que pregavam essa modernização material do Brasil, a educação seria um elemento essencial para o desenvolvimento do país, e eles apoiaram melhoramentos na educação feminina. No entanto, a ênfase ficou na maternidade, a qual eles ligaram ao progresso e ao patriotismo. 

Mesmo com os homens usufruindo de mais opções econômicas do que as que eram oferecidas às mulheres na mesma classe social.   Seu grau de instrução, lhe abriam caminhos para inserção social em casamentos com homens de famílias de prestigio e tradição.  Não se pode dizer que a educação da mulher no Brasil tenha sido diferente da maioria dos países, mas é com assombro que constatamos que somente no final do século XIX e início do século XX, a mulher passa a ter acesso à educação formal.

Abordando, então, as resistências que a oligarquia paulista oferecia às transformações no papel da mulher na sociedade, especialmente a mulher oriunda da própria oligarquia, a elite levou-a a estabelecer alianças com a Igreja católica, outorgando-lhe o direito de educar as moças segundo a tradição estrita da cúria romana. 




O acesso de mulheres ao ensino superior.


No Brasil, as mulheres começam tardiamente a ingressar na universidade. Somente a partir do final do século XIX, as mulheres brasileiras adquirem o direito de ingressar no ensino superior. 
Considerando o gênero e a condição racial, tem como campo empírico a Universidade Federal da Bahia.  pioneirismo do acesso feminino à universidade cabe a uma médica, formada pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1871. 

Rita Lobato Velho Lopes 1867 - 1960, brasileira nascida em São Pedro do Rio Grande, então província do Rio Grande do Sul, a primeira brasileira a obter um diploma regular de medicina e a terceira sul-americana a formar-se em Medicina. Filha de um casal de estrangeiros, Francisco Lobato e Dona Carolina, curiosamente foi graças a um pedido feito pela mãe em seu leito de morte, ao marido, que a levou a realizar seus estudos acadêmicos. Esta gaúcha só pôde iniciar seus estudos após um decreto-lei nº 7247, de 19 de abril (1879) rubricado por D. Pedro II, superando a discriminação da época.

Em pesquisa realizada nos arquivos das antigas escolas superiores que vieram a constituir mais tarde a Universidade de São Paulo, Blay e Conceição (1991), Em 19 de abril de 1879, D. Pedro II faz aprovar uma lei autorizando a presença feminina nos cursos superiores. 

A decisão do Imperador deveu-se ao episódio vivido por Augusta Generosa Estrela, que tendo se diplomado em Medicina, em New York, em 1876, com uma bolsa de estudos concedida pelo próprio Imperador, foi impedida de exercer a profissão ao retornar ao Brasil ( Blay eConceição, 1991)  dão conta de que a primeira mulher a diplomar-se em Direito, ali, data de 1902. Somente nove anos depois, em 1911, registra-se a presença de mais uma mulher.

Em 1918, as primeiras mulheres diplomam-se em Medicina no Estado. E a primeira mulher a frequentar a Escola Politécnica de São Paulo somente vai fazê-lo em 1928.

As mulheres começam a aumentar a sua presença naquelas carreiras tidas como mais “tradicionais” apenas a partir dos anos 40 

Na Bahia, desde o início do século XX, já se podia perceber a presença de algumas mulheres nos cursos de Medicina, contudo, era muito pouco expressiva para caracterizar o ensino superior como um espaço de livre trânsito das mulheres. De fato, o aumento da presença feminina no ensino superior, no Estado, está ligado à criação do curso de Filosofia, em 1942. 

Naquele momento, embora a criação de um espaço no ensino superior, aberto à participação feminina, representasse um avanço, isso se faz dentro características com que foi criado o curso de Filosofia, voltado para a realização desinteressada de ‘altos estudos’ ... que não se opunham à condição feminina’ a medida em que acionava os estereótipos sobre a mulher, contribuía para reforçar a divisão das carreiras por gênero.  Estabelecia-se assim, o Direito Engenharia.

Essa presença, de certos limites, pelas próprias de modo tácito, que aos homens estariam destinadas as áreas de ‘valor social’ e possibilidades econômicas e às mulheres aquelas voltadas à preparação para o ensino secundário e à ‘cultura humanística’ 

Foi marcante o crescimento da participação feminina entre 1956 e
1971, passando de 26% para 40%. As autoras apontam para as características desta participação, evidenciando que ela não ocorre de modo uniforme; o aumento da concentração se dá, sobretudo, naquelas carreiras 'femininas’apropriadas à mulher (52). Em 1971, algo em torno de metade das mulheres matriculadas no ensino superior, concentrava-se nos cursos de Letras, Ciências Humanas
 e Filosofia. 

Esse cenário evidencia o quanto o enfoque de gênero é

fundamental para se entender a educação formal e suas

articulações com outras instâncias sociais,


 O Brasil foi atingido mais lentamente, mas as idéias europeias acabaram afetando a mulher brasileira e desencadeando nelas um espírito de luta e igualdade social, pois as reivindicações das mulheres para alcançar o seu espaço.


A participação da mulher na atualidade nos meios acadêmicos, científicos e políticos, estratégicos para a estruturação do conhecimento e organização da nossa sociedade, ainda é insignificante. 

Como por exemplo no Congresso Nacional, temos a desproporção de centenas de parlamentares do sexo masculino para apenas algumas dezenas de mulheres representando os interesses do país. Realidade esta, que lamentavelmente, não está restrita somente ao Brasil, mas é tendência mundial apesar de estarmos no século XXI.

Mas com certeza é notável como em tão pouco tempo de emancipação, as mulheres souberam aproveitar seu espaço e provar do que são capazes, e incentivando cada vez mais as novas gerações a mostrarem que são tão capazes que os homens.

Mas ainda temos um longo caminho a ser percorrido.


Fontes:
http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=766&sid=96
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2011000200010&script=sci_arttext
 http://www.webartigos.com/artigos/a-educacao-da-mulher-no-seculo-xix/52658/#ixzz2FRL4rBPu
http://www.historiadomundo.com.br
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb02.htm


http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/arterupestre/
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2371.html
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/antiga/2002/10/31/001.htm
http://www.essaseoutras.xpg.com.br/a-educacao-tradicional-e-suas-caracteristicas/



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